O primeiro retorno após tratamento curativo será em cerca de 10 dias, após prostatectomia radical, ou em cerca de 3 meses, após tratamento radioterápico. Neste, será realizada avaliação global da saúde do paciente; retirada da sonda vesical, nos pacientes submetidos a prostatectomia radical; avaliação da toxicidade do tratamento radioterápico e confirmação do risco de acordo com resultado do estudo anatomopatológico. Pacientes submetidos a vigilância ativa receberão seguimento em protocolo específico.
- Seguimento de pacientes de muito baixo e baixo risco tratados: o seguimento será realizado através da dosagem do PSA aos três, seis e 12 meses após tratamento (radioterapia ou prostatectomia radical). Após, dosagem semestral de PSA até o terceiro ano e anual até o quinto ano. Completado este período, o paciente receberá alta ambulatorial, para seguimento na atenção primária ou secundária. O encaminhamento para o ambulatório AOURS se dará após o primeiro ano. Pacientes com valores de PSA em ascensão e com critérios de recidiva bioquímica serão excluídos do protocolo de seguimento (figura 1).
- Seguimento de pacientes de risco intermediário tratados: o regime de seguimento será semelhante ao seguimento do câncer de próstata de baixo risco, com exceção de que as dosagens de PSA serão realizadas até o sexto ano, quando os pacientes poderão receber alta para seguimento na atenção primária ou secundária. Nos pacientes que realizarem hormonioterapia, será acrescida dosagem semestral de testosterona até completado o esquema de hormonioterapia proposto. Os doentes serão acompanhados no ambulatório de AOURS após o primeiro ano. Pacientes com valores de PSA em ascensão e com critérios de recidiva bioquímica serão excluídos do protocolo de seguimento (figura 2).
- Seguimento de pacientes de alto e muito alto risco tratados: será dosado PSA aos três, seis e 12 meses após tratamento definitivo. Do segundo ao quinto anos, serão realizadas dosagens semestrais do PSA e, até o sétimo ano, a cada 12 meses. Nos pacientes em que for realizada hormonioterapia associada ao tratamento radioterápico, é necessária a dosagem de testosterona, a cada seis meses, durante realização deste tratamento. Após o período de sete anos, o paciente poderá receber alta e manter seguimento na atenção primária ou secundária. A partir do terceiro ano de seguimento, o paciente será acompanhado no AOURS. Pacientes com valores de PSA em ascensão e com critérios de recidiva bioquímica serão excluídos do protocolo de seguimento (figura 3).