A criança deve ser avaliada rapidamente e monitorizada de imediato com oxímetro de pulso. Se houver obstrução completa de via aérea ou engasgo grave, com incapacidade de tossir ou falar/ chorar ou com o sinal universal de engasgo grave – duas mãos no pescoço, em crianças maiores: iniciar manobras de desobstrução, até que o objeto seja expelido e o paciente volte a respirar ou perca a consciência. Não realizar manobras se a criança estiver tossindo ou falando (engasgo leve ou moderado).
• Lactente menor de um ano: sequências de 5 batidas no dorso, com a criança em decúbito ventral apoiada no antebraço do socorrista e inclinação da cabeça para baixo, seguidas por 5 compressões no esterno, com a criança em decúbito dorsal.
• Crianças a partir da idade pré-escolar: manobra de Heimlich até a criança perder a consciência ou expelir o objeto, com o socorrista ajoelhado (crianças menores) ou em pé (crianças maiores).
Observação: tentativa de remoção manual é arriscada, não realizar as manobras de varredura do objeto às cegas.
1. Se a criança se tornar não responsiva, proceder à RCP iniciando pelas compressões e observar, antes das ventilações, a presença do corpo estranho na cavidade oral. Retirá-lo, se o acesso for fácil.
2. Se o corpo estranho não for expelido após 1 minuto de manobras, realizar laringoscopia; se visualizado o CE, tentar retirar com pinça de Magill.
3. Quando não se observa o objeto ou a criança não assume respiração eficaz após a retirada: garantir ventilação e oxigenação, com VPP e IOT, até realizar broncoscopia de emergência.
4. Se o objeto estiver acima das pregas vocais: cricotireoidostomia de urgência.
5. Se o CE estiver abaixo das pregas, recomenda-se intubação com introdução seletiva da cânula para direita para introduzir o CE, retornar a cânula à altura adequada e colocar o paciente em decúbito lateral direito, para ventilar seletivamente o pulmão esquerdo, até realização da broncoscopia (Fluxograma 2).