Tratamento clínico inicial:
1. Repouso absoluto no leito até excluir instabilidade
2. Tratamento de suporte: analgesia, evitar constipação, prevenção de TEV
3. Corticóides:
- dexametasona 4 mg 6/6 h (pode fazer 20 mg em bólus como dose de ataque) *
- uso de altas doses (dexametasona 96 mg/dia) não está indicada
- objetivo: aumentar taxa e deambulação e contribui para analgesia
* apesar de ser prática comum, há pouca evidência a respeito da função da dose de ataque
- Sempre associar protetor gástrico e monitorar glicemia se uso de corticóide em altas doses
Decisão do tratamento oncológico específico deve ser tomada em conjunto com oncologista, cirurgião de coluna (ortopedista ou neurocirurgião) e radioterapeuta
1. Cirurgia de descompressão seguida de radioterapia (é o tratamento de escolha, mas nem todos pacientes serão elegíveis) OU
2. Radioterapia exclusiva (para pacientes não candidatos à cirurgia e com tumores radiossensíveis) OU
3. Tratamento sistêmico (quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia) * OU
3. Cuidado paliativo exclusivo (Tabela 1)
* Tratamento sistêmico raramente tem papel na SCM aguda, por respostas serem mais tardias e imprevisíveis. Discutir tratamento sistêmico em bases individuais com Oncologia Clínica após estabilização do quadro.
Fatores associados à melhor resposta da radioterapia: bom status neurológico prévio, velocidade de instalação do déficit motor > 14 dias
- Fatores associados à maior sobrevida: função motora preservada antes do tratamento, tumores radiossensíveis (pequenas células, linfomas, mieloma múltiplo, germinativos), ausência de metástases viscerais, sítio único de compressão, velocidade de instalação dos sintomas.